terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

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15.02.2010

O teu metro e oitenta. O teu cabelo meio comprido meio curto, meio certinho meio ao calha. O teu jeito de caminhar. Os teus olhos verdes e enormes. O teu sorriso travesso e meio escondido. A forma como me olhavas nos olhos. A forma como te distanciavas de mim, uns poucos centímetros, porque não percebias o que eu estava a (tentar) fazer. As caretas que fazias para não te rires das coisas sem sentido que eu tentava não dizer. A forma como me seguravas pela cintura quando eu não olhar para ti por estar amuada. Os teus abraços quando dizias ter saudades minhas. A forma como olhávamos um para o outro quando chegava a hora de ir embora. As mensagens que mandavas logo a seguir a cada despedida. As conversas cheias de piadas. As chamadas de 5h. As (quase) directas porque eu adormecia sempre. As tuas enormes mensagens de boa noite que eu lia sempre quando acordava. As horas passadas no MSN a falar de ti e dos teus amigos. As promessas. Os desabafos. As gargalhadas. As discussões sem sentido. Tu.
É inevitável não ter saudades tuas, e tenho saudades porque ninguém se parece contigo, é tudo diferente do que éramos, e por isso, por não existir nada parecido, tenho saudades. E sabes, ela não é igual a mim. Podes fingir que é, fingir que tens tudo o que queres. Mas não tens, e ela não tem nada a ver comigo. Nada do que viveres com ela será igual ao que viveste comigo. Será tudo fingimento, puro fingimento.
E assim eu sei que tu, também tens saudades minhas. É simples amor, não é? Não precisas de dificultar o raciocínio, dará tudo ao mesmo. Às saudades que temos um do outro.


-E só mais uma coisa, eu continuo aqui porque ainda me faz bem continuar aqui, porque tu ainda me fazes bem. Mas, prometo que quando deixares de me fazer bem, eu parto. E não volto, nunca mais amor.

1 comentário:

criticas. elogios. desabafos. everything :)