domingo, 28 de fevereiro de 2010

now I know, (2)

... que seria tudo muito mais simples se vivesses ao virar da esquina. Assim, quando este tipo de coisas nos acontecesse ligava-te, dizia que estava no portão de tua casa à espera. Deixava o meu auto-controlo em minha casa, dizia-te as piores coisas do mundo e tu discutias tambem. Eu gritava que não te queria voltar a ver mais, que estava farta e que chegava. Tu sem paciência, dizias que também estavas farto e que era o melhor. Cansados, davamos lugar ao silêncio, e minutos depois olhava-mos um para o outro e voltavamos a prometer que aquilo nunca mais voltaria acontecer. E aí, ficaria tudo bem. Com um "gosto muito de ti" em uníssono no final.
- 27.02

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

things.

Afonso, eu sei que errei, que disse o que não devia e que aqueles berros não deveriam ter ganho qualquer timbre. Eu sei, mas quanto a errar, não fui a unica, pois não? Nós é que nos afectamos a nós proximos, e ao que tinhamos. Peço desculpa por ter descido tão baixo contigo, mas lembra-te: quando dizia que gostava imenso de ti, não mentia. Quando vieres cá diz-me, ainda não me esqueci da tua ultima promessa.
Não, a magoa nao desapareceu. Está presente sempre que recordo a ultima conversa que tivemos e, por isso, faço de tudo para recordar apenas as nossas tardes e os teus abraços.
Mas, no fundo, so queria dizer-te que sinto a tua falta.  Não desistas de mim e cuida de ti.
Mafalda.

- Daqui a 4 meses, valerá tudo a pena. Prometo.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

now I know,

... que nunca haverá nada em concreto.

- sometimes, we together doesn't result. you got your life and I have mine. as always.

-I see you soon. *

us



O tempo não interessa. O espaço não interessa. As outras pessoas não interessam. Se ficas ou não, não interessa. Podes ir, e eu tambem posso ir, logo que voltes, logo que eu volte. Logo que nós voltemos, como sempre. Não interessa. Se chove ou se dá sol, não interessa. Se é segunda ou domingo, manhã ou noite, não interessa. Simplesmente não interessa amor, para além de nós, mais nada interessa.
- I see you soon.


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

24, over.

Meu querido, tentei de tudo para não chegarmos a este ponto. Mas agora, não posso fazer mais nada. Estou cansada e sei que nao vou ser capaz de te perdoar. Peço desculpa por isso e pelas minhas recaidas. Peço desculpa por tudo e por nada ao certo. A magoa que hoje voltou, vai permanecer, assim como o rancor. Tenho pena que seja assim. Foste o melhor que tive, no passado. Agora há mais que tu, muito mais. Vais estar presente apenas nas recordações, recordações essas que vao assombrar-me alguns dias, contra a minha vontade. Mas são apenas isso, recordações. Não tenho intençoes de te voltar a ver nem tão pouco voltar a falar contigo. Também não te desejo as maiores felicidades porque neste momento, não quero que as tenhas. Só desejo que cresças e que deixes essa mentalidade mesquinha a que tanto te agarras. Com estas palavras vão tambem as tuas coisas e tudo o que aqui construiste que agora está em ruinas.
É tudo. Sê quem tu quiseres.


- goodbye

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

24

15.02.2010

O teu metro e oitenta. O teu cabelo meio comprido meio curto, meio certinho meio ao calha. O teu jeito de caminhar. Os teus olhos verdes e enormes. O teu sorriso travesso e meio escondido. A forma como me olhavas nos olhos. A forma como te distanciavas de mim, uns poucos centímetros, porque não percebias o que eu estava a (tentar) fazer. As caretas que fazias para não te rires das coisas sem sentido que eu tentava não dizer. A forma como me seguravas pela cintura quando eu não olhar para ti por estar amuada. Os teus abraços quando dizias ter saudades minhas. A forma como olhávamos um para o outro quando chegava a hora de ir embora. As mensagens que mandavas logo a seguir a cada despedida. As conversas cheias de piadas. As chamadas de 5h. As (quase) directas porque eu adormecia sempre. As tuas enormes mensagens de boa noite que eu lia sempre quando acordava. As horas passadas no MSN a falar de ti e dos teus amigos. As promessas. Os desabafos. As gargalhadas. As discussões sem sentido. Tu.
É inevitável não ter saudades tuas, e tenho saudades porque ninguém se parece contigo, é tudo diferente do que éramos, e por isso, por não existir nada parecido, tenho saudades. E sabes, ela não é igual a mim. Podes fingir que é, fingir que tens tudo o que queres. Mas não tens, e ela não tem nada a ver comigo. Nada do que viveres com ela será igual ao que viveste comigo. Será tudo fingimento, puro fingimento.
E assim eu sei que tu, também tens saudades minhas. É simples amor, não é? Não precisas de dificultar o raciocínio, dará tudo ao mesmo. Às saudades que temos um do outro.


-E só mais uma coisa, eu continuo aqui porque ainda me faz bem continuar aqui, porque tu ainda me fazes bem. Mas, prometo que quando deixares de me fazer bem, eu parto. E não volto, nunca mais amor.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

um intervalo de tempo, para o antes.

As ruas estavam vazias. Não havia bicicletas, skates, muito menos automóveis. O silêncio instalara-se e apenas o meu batimento cardíaco se fazia ouvir. Ali, sentada naquela escadaria com vista para o rio, em que tudo havia ter sido o melhor que senti até ao momento, dou comigo a pensar no que não houve, sim no que não houve. Porque, tudo o que houve, tudo o que tivemos está presente, esta sempre e não muda. Mas, o que não tivemos e o que não houve não esta. Então, aquele foi o momento certo. No meu pulso, ao contrario do que acontece à algumas semanas, estava o teu relógio. O relógio que andava sempre comigo, fosse para onde fosse, o relógio que, depois de tanto tempo, ainda tem o teu cheiro. E, no ponto alto do crepúsculo, em que aquela mistura de cores faz lembrar as tardes infinitas de Verão, as palavras que nunca te disse assombram-me os pensamentos, o aperto na garganta que já à muito tempo não sentia, voltou. Podia ter dito tantas coisas, tantas. Podia ter-te dito que tinha tanto orgulho em ti que para mim eras, sem duvida alguma, perfeito. Podia ter-te dito que queria que viesses estudar para cá. Podia ter-te dito que as tuas saídas à noite não me agradavam mas que, apesar de tudo, confiava em ti. Podia ter-te dito tudo, e senti que nem metade disse. Estava a pensar em ti, em nós, no que não existiu. Estava a pensar sem mágoas ou qualquer tipo de rancor. Fixei a mistura de tons roxos e uma lembrança destacou-se de todas as outras. Estavas tu, ajoelhado à minha frente, com tom de brincadeira mas com esses olhos a brilhar "queres casar comigo?" "não me quero casar, não acredito em casamentos P" e com uma cara meia seria meia fascinada respondeste, "daqui a uns anos, vou fazer-te mudar de ideias, prometo" (...). O tempo não ajudara em nada a cicatrizar a ferida que tu próprio abriste e, naquele momento, esta alastrou-se. As lágrimas foram impossíveis de evitar. Estava tudo tão errado.
Olhei para o teu relógio, era tarde, estava na hora de regressar a casa. O que ali aconteceu naquele crepúsculo e em todas as aquelas tardes de Verão, teria de ficar ali e só ali. Então, retirei o teu relógio do meu pulso, guardei-o na mala, levantei-me, voltei a observar tudo o que me rodeava, limpei as lágrimas, soltei o cabelo, levantei a cabeça e sorri. Estava na hora de voltar à realidade.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

às vezes o melhor era extermina-los !

São iguais, são todos iguais. É cliché, eu sei. Mas eles, são todos iguais. Prometem, pedem desculpa, juram que nunca mais e volta tudo acontecer, tudo.
O para sempre nao existe, e tu aprendeste isso da pior forma. Amas-te com tudo aquilo que és e deste-lhe tudo aquilo que tinhas, fizeste o que poucas fazem e eu, mais que ninguem, sei que lutaste ate pederes as forças por completo. Mas ele nao o sabe, eles nunca o sabem. Fingem que sabem, figem que entendem e fingem que lamentam. E nós, ingenuas, acreditamos e percebemos tarde demais que é tudo mentira, e depois? Oh, depois é isso pelo qual estas a passar. Eles "lutam" porque lhe alimentamos o ego, e nao passa disso mesmo. Por isso meu amor, levanta essa cabecinha como grande pessoa que és e segue em frente. A vida nao se resume a relaçoes amorosas, e a tua muito menos. Tens o que muitas meninas da tua idade desejam ter, e por favor, começa a valorizar-te. Amanhã será outro dia e haveram mais pessoas. E lembra-te, acima de tudo, que tens uns pais fantasticos e uma melhor amiga que te ama incondicionalmente.


- e se a tua vontade for chorar, estarei abraçada a ti para isso mesmo. amo-te AL.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

today.


E é em dias como este, que mais sinto a tua falta. Sinto falta de te mandar uma mensagem a queixar-me e de tu me ligares. Sinto falta da tranquilidade da tua voz e da paciência que tinhas para me ouvir. Sinto, mais ainda a falta das tuas piadas rascas so para me fazer rir.
e sabes, agora o silencio já não acalma, já não melhora nem sequer me dá espaço. Neste momento só corrói cá dentro a despedida que não houve e o adeus que não foi dito. não é arrependimento. Não, nem sequer será. Mas, as saudades são inevitáveis, e assim, o aperto no peito que surge quando as lembranças me envolvem também. Por pior que tenhas sido, por mais sofrimento que houvesse, o carinho e admiração que nutri por ti naqueles meses todos, não desaparecerá.
E agora apercebo-me que não há justificação para estar a escrever isto, tu não vais ler, serão apenas palavras soltas na tua ausência. Mas, mesmo assim continuo, tento suavizar um pouco o sufoco da tua perda e angústia dá (não) despedida.
Hoje, depois da escola, a tua ausência carregou-se. Era a ti que mandava uma mensagem às 18.30, depois da tua aula de Edc. física e contar o meu dia e a explicar o que não estava bem, e eras tu quem fazia com que tudo isto, no final, valesse a pena. E hoje percebi, que pouca coisa vale a pena sem ti. Mas não, não vou cair. Vou continuar, amanhã será um novo dia, dia do normal silêncio é certo, mas será na mesma um novo dia. E acredito que daqui a algum tempo tudo isto valha a pena novamente e que, a falta de um ultimo adeus não tenha sido apenas um mero acaso.

 
 
Shhh, i still love you.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

24

- Hey. Stop, think. Remember. Tell me, one last time. I love you too. Shut up. Don't continue. No more. Okay.
Bye, again.


Over and over, again.

nobody listens.

Os bastidores, as roupas, as mascaras, o cenário, o palco, a plateia, os aplausos, as lágrimas, a representação.


Ninguém é capaz de se aperceber de toda a magia que sítios como este contêm. A intensidade das acções em palco, a sinceridade dos aplausos. Um grupo de pessoas que faz o que faz, não apenas por dinheiro mas acima de tudo por amor à representação, por amor ao palco.
É um mundo diferente, um mundo que não é sempre escuro, que não é só tristeza. É um mundo de sonhos, um mundo de sorrisos e choros. Um mundo de paixão e de união.
Um mundo ao qual eu quero pertencer. Eu amo isto, porquê que ninguém me ouve? Ciências, é óptimo, gosto, claro que gosto. Mas não é o meu sonho, não é com as ciências que quero viver. Não é, e gostava tanto que me ouvissem... Eu quero isto. Quero passar horas e horas a decorar papeis, quero encarnar as mais diversas personagens, quero sentir a união de uma companhia, quero subir com eles ao palco, brilhar e no final, receber os mais sinceros e sentidos aplausos.
Ouçam-me e deixem-me ser o que eu sonho ser, por favor.



É toda a magia num so sitio, é toda a magia do Teatro.